Um relatório de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU concluiu que o modelo atual de voto eletrônico é seguro e auditável.O documento foi obtido pelo portal Congresso em Foco e publicado na íntegra.
“Verifica-se que existem diversos mecanismos na sistemática de eleição brasileira que permitem a auditoria do processo de votação e apuração dos votos com o uso das urnas eletrônicas”, diz o texto. Entre os mecanismos estão o boletim de urna e a votação paralela.
O boletim de urna é impresso ao fim do domingo de votação em cada seção eleitoral. Ele pode ser conferido por qualquer eleitor, e seus números podem ser verificados com aquilo que é publicado no site do TSE.
Na votação paralela, urnas eletrônica são sorteadas em todo o país para participarem de uma votação simulada também com cédulas de papel, com as mesmas condições de uma seção eleitoral oficial.
Ao final da votação (no mesmo dia e horário da votação oficial), os resultados das urnas eletrônicas são comparados aos das cédulas de papel. Essa votação paralela, atenção, já existe.
“Em resumo, observou-se que a inexistência de voto impresso no regramento eleitoral brasileiro não permite afirmar que a votação eletrônica inviabiliza a validação/auditagem do voto”, diz o relatório do TCU.
“O que se verifica na prática, porém, é que não tem havido interesse dos partidos em atuar nas diferentes etapas de fiscalização/auditoria da sistemática brasileira de votação, restando suprimidas importantes contribuições que poderiam ser agregadas ao processo eleitoral”, acrescenta o texto.
O tema está na pauta do TCU desta quarta-feira (11). O texto do relatório foi concluído em 30 de julho. (De O Antagonista).