Como Bibinho acumulou tantos bens?

Os 100 imóveis de propriedade do Bibinho foram amealhados desde 1976, num tempo em que ele ainda não era diretor-geral da Assembleia Legislativa. Mas a maior parte do patrimônio foi constituído a partir dos anos em que era o todo-poderoso da Casa, com capacidade de atuação e influência para obter vantagens indevidas.

A conexão entre o tempo do exercício do cargo e a aquisição dos bens foi estabelecida pelo Ministério Público Estadual com elementos suficientes para o convencimento da Justiça Criminal de primeira instância de que seria conveniente leiloar logo os imóveis e demais bens para que não se deteriorassem ou fossem tomados por terceiros.

A arrecadação obtida com o leilão (ou leilões, já que a Justiça estabeleceu divisão em lotes) seria revertida para a cobertura dos prejuízos causados ao Erário, mas os valores ficariam preservados em contas especiais e que, em caso de inocentação transitada em julgado, sejam restituídos a Bibinho.

A defesa de Abib Miguel (este é o nome dele) contestou e recorreu ao Tribunal de Justiça pedindo a nulidade da decisão. É o que a 2.ª Câmara Criminal está julgando, com possibilidade de decisão no mês de outubro. E leilão talvez já no mês seguinte.

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