Maurício Appel recebe comenda Barão do Serro Azul

O produtor cultural, historiador e produtor do filme “O Preço da Paz” Maurício Appel recebe nesta quinta-feira (6)  na Associação Comercial do Paraná (ACP) a Comenda Barão do Serro Azul.

O filme conta a saga do Barão, fundador da ACP, durante a Revolução Federalista que culminou com seu assassinato e de outras cinco pessoas proeminentes de Curitiba na década final do século 19. A cerimônia estará disponível ao vivo em facebook.com/acpdigital youtube.com/acpdigital

Maurício Appel nasceu em 1964, em Curitiba, onde cresceu fascinado pela cultura e a memória da cidade, ouvindo histórias sobre suas ruas e casas emblemáticas, assim como suas personagens.

Desde a infância, seu interesse específico partia dos momentos compartilhados em família, sobre o cotidiano dos imigrantes e a maneira de se ganhar a vida em outros tempos. Do mesmo modo, partilhavam histórias sobre Maria Polenta, Enedina Alves Marques, Poty Lazzarotto, João Turin, Maria Bueno e, em especial, o trágico Barão do Serro Azul, que inspiraram, não apenas as fantasias de um menino e o desejo de que todos conhecessem Curitiba, tal como ele a conhecia, mas projetos que tomaram forma e ocuparam espaços importantes no cenário cultural da capital paranaense.

Quando jovem, envolveu-se na defesa da comunidade Thomaz Coelho, composta por colonos poloneses, durante a desapropriação de seus moradores para a construção da barragem de Passaúna, em Araucária. Episódio que, invariavelmente, despertou uma de suas paixões: as casas de tronco de imigrantes poloneses. Tal disposição o levou a participar de um curso de restauração em madeira na Polônia, em 1986.

Maurício desde muito cedo soube aproveitar as oportunidades para unir interesses de partes diversas para um fim coletivo: nos idos de 1980, o grupo escoteiro Marechal Rondon 39/pr necessitava de casas diferenciadas para sua sede, então, auxiliou Romão Wachowicz a negociar e transferir sete unidades casas de tronco da colônia Thomaz Coelho para o Bosque do Papa João Paulo II.

Apesar da graduação em direito, com especialização em direito público, a partir de 1993, passou a dedicar-se a produções audiovisuais, como comerciais, documentários e curta-metragens.

Iniciou as pesquisas e captação de recursos, em 1996, para a realização de um outro sonho: a produção executiva do filme em que contaria a história do Barão do Serro Azul, “O preço da paz.”

Contando com uma trilha sonora executada pela Orquestra Sinfônica de Berlim, além de uma equipe de roteiro, direção e atuação impecáveis, o trabalho foi reconhecido nacionalmente, através da premiação de melhor filme pelo júri popular e melhor direção de arte e montagem, no Festival de Gramado, em 2003. Em outubro do mesmo ano, realiza a avant premiere do filme, no Teatro Guaíra, em parceria com a Associação Comercial do Paraná, com bilheteria destinada ao Hospital de Clínicas, com uma locomotiva a vapor funcionando em frente ao teatro.

Logo em janeiro de 2004, o filme conquista o troféu Barroco de melhor filme pelo júri popular no festival de Tiradentes. No final do ano, com o apoio do senador Osmar Dias, apresenta o filme para o senado federal.

Por conta da obra cinematográfica e de seus esforços, quatro anos mais tarde, o presidente Lula sanciona a lei n° 11.863, de 15/12/2008. O nome de Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, foi inscrito no livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília, sendo o único paranaense a ser reconhecido como herói nacional.

Em 2008, Appel passou a conhecer, pesquisar e catalogar o trabalho do artista plástico, filho de imigrantes italianos, João Turin, iniciando um projeto de resgate das obras e da memória do escultor paranaense, através da produção e fundição de peças, incluindo exposições do acervo em espaços artísticos pelo brasil.

Maurício Appel continua a produzir e contribuir para a propagação e preservação da cultura paranaense. Atualmente, se dedica à comercialização de peças de antiguidade, à divulgação da memória de Ildefonso Pereira Correia, assim como, da vida e obra do escultor João Turin.

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