O presidente Jair Bolsonaro fez nesta quinta-feira (30) sua primeira live semanal após testar negativo para a covid-19. O presidente começou a transmissão agradecendo ter se curado da doença e atribuindo o resultado à hidroxicloroquina receitada pelos médicos da Presidência. “Agradeço primeiro a Deus. Depois o medicamento. A hidroxicloroquina. Eu tomei num dia, no outro já estava bom. Se foi coincidência ou não, não sei”, afirmou.
Também nesta quinta-feira, 30, a primeira-dama Michelle Bolsonaro anunciou ter testado positivo para a doença.
O presidente divulgou que testou negativo para a doença no sábado (25), após ter três testes positivos para a infecção. O primeiro resultado positivo do presidente foi em 7 de julho. Desde então, Bolsonaro disse que começou a tomar a cloroquina. Por precaução, o presidente estava fazendo dois exames para monitorar o coração por dia – recurso não disponível facilmente para pacientes comuns.
Bolsonaro não tem certeza se foi o remédio que o curou. Reconhece que a eficácia não está comprovada, mas que mal não faz. “Comigo deu certo!”, exclamou.
A hidroxicloroquina tem sido estudada para saber se de fato tem efeitos contra a covid-19. Na semana passada, dois novos estudos apontaram que o remédio não tem eficácia contra o coronavírus e que apresenta riscos de efeitos colaterais, como no coração, fígado e outros órgãos. Um desses estudos é brasileiro e foi o maior no país conduzido sobre esse assunto.
Segundo o presidente outros ministros que foram diagnosticados com a doença também fizeram uso do medicamento e melhoraram. Citou o caso do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que deve estar tomando “um remédio de astronauta”. Pontes foi o ministro que, há três meses, disse que seu ministério estava pronto para aprovar o uso do vermífugo e mata-piolhos Anitta como capaz de vencer a pandemia no Brasil rapidamente. Faz tempo que não fala mais do assunto.