A cooperativa paranaense Coamo, com sede em Campo Mourão, está planejando construir um porto próprio no município catarinense de Itapoá, perto de um terminal privado já existente. O novo porto, segundo noticiário da imprensa de Santa Catarina, já tem terrenos comprados há mais ou menos seis anos e, no momento, está em fase de estudos ambientais.
O porto da Coamo será de graneis (grãos/farelo); óleo bruto de soja e importação de matéria-prima para fertilizantes por meio de parceiros.
Vai usar o mesmo canal da Baía de Babitonga para tráfego de navios, tendo validação da Capitania dos Portos (Marinha).
O investimento aproximado do novo porto é de cerca de R$ 800 milhões, maso valor pode mudar de acordo com o modelo de operações.
O porto pretendido pela Coamo deve entrar em operação em cinco anos. Atualmente, a cooperativa exporta óleo bruto de soja via Porto de Paranaguá (PR) e Porto de São Francisco do Sul
Reação
Em Paranaguá, a notícia teve ampla repercussão, tanto que o vereador Luizinho Maranhão (PSB) apresentou na Câmara Municipal um requerimento para que seja enviado convite ao presidente-executivo da Coamo, Airton Galinari, para que ele exponha os motivos que levaram a cooperativa a optar por construir um porto em Itapoá.
Segundo o vereador, a Coamo, “empresa genuinamente paranaense”, ao se decidir pela construção de um porto no vizinho Estado de Santa Catarina, traz “sérios prejuízos a Paranaguá e ao Estado do Paraná como um todo”.