Está marcado para as 10 horas da manhã desta sexta-feira (14) o encontro de Beto e Fernanda Richa com os procuradores do Gaeco. O casal será conduzido desde o Regimento Coronel Dulcídio, onde está hospedado desde a noite do dia 11, para a rua Brasilino Moura, no Ahu, sede do braço policial do Ministério Público.
Os procuradores vão procurar esclarecer dúvidas sobre a veracidade das suspeitas que pesam contra o ex-governador e esposa de que teriam se beneficiado de recursos ilícitos oriundos de pagamentos realizados pelo governo a empresas que alugavam máquinas e equipamentos para o programa Patrulha do Campo. Os indícios foram levantados após delação do empresário Tony Garcia, que entregou uma tonelada de áudios comprometedores ao Gaeco, que deflagrou a Operação Rádio Patrulha.
Beto e Fernanda estarão acompanhados de seus advogados e, provavelmente, farão uso da prerrogativa de se manterem em silêncio para não produzirem provas contra si mesmos. Preferirão contar o que sabem apenas perante juízes no decorrer do processo – desde que, porém, o silêncio não contribua para que a prisão temporária de cinco dias (que se esgotam no sábado 15) seja prorrogada por mais cinco.
Nesta quinta (13) prestaram depoimentos no Gaeco outros presos da Operação: o irmão Pepe Richa, os ex-secretários Deonilson Roldo e Ezequias Moreira, o empresário Celso Frare, o contador Dirceu Pupo e o servidor do DER Aldair Petry. O primo-distante Luiz Abi Antoun foi ouvido em Londrina.
Vai dizer que não sabia de nada, tem que perguntar se ele sabia que era governador