(por Ruth Bolognese) – Nos próximos 33 dias, ou até o dia da votação, o candidato ao Governo, Carlos Ratinho estará numa posição delicada: terá que ser cuidadoso ao ponto de pisar o tempo todo em ovos, sem quebra-los e, ao mesmo tempo, evitar pisar na bola.
Há que se concluir, portanto, que a condição de favorito na disputa , confortável eleitoralmente, tenciona a campanha e o candidato. Os “Pés de Macaco”, assessores que o cercam há anos, devem segurar a euforia antecipada com disciplina de monge budista. Vale para o apresentador Ratinho também, com fama de sanguíneo, rebelde sem causa e a tela da TV aberta com audiência no país todo.
Exemplos de pisadas na bola por candidatos favoritos estão por aí. Quem não lembra do Príncipe dos Sociólogos e atual comentarista eleitoral, Fernando Henrique Cardoso, sentando na cadeira de prefeito antes do tempo só para agradar a revista Veja?
Jânio Quadros, o eleito de verdade, espirrou um desinfetante antes de usá-la.
E agora, na última campanha eleitoral, o boca-larga Rafael Greca quase perde a eleição porque confessou, num impulso gregoriano, que não gostava de cheirar mendigo.
Eis os desafios de Carlos Ratinho: 1) evitar o “já ganhou” porque coloca a campanha em ritmo de festa, onde todo mundo vai ficar mais bonito, mais inteligente e mais rico. Gente assim se diverte, não busca votos e 2) pisar em ovos com suavidade de flocos de neve de algodão e fugir das bolas.
Não é tão difícil, mas começa por aí a preparação para o exercício do cargo de governador.
Apreciarei muito saber se a postagem quer dizer que a “…tenciona a campanha…” significa estabelecer novos propósitos, ou se significa registrar que há tensões no grupo. Isto é importante para saber qual é a tenção do escriba em transmitir uma ideia.
E nós entre os micos e os insossos ..