Candidata do PSOL defende a economia do cuidado

Letícia Lanz, candidata a prefeita pelo PSOL à Prefeitura de Curitiba, apresentou seus planos em live transmitida pelos canais da Associação Comercial do Paraná (ACP). A entidade está promovendo uma série de sabatinas com os candidatos, em ação que tem o apoio do Movimento Pró Paraná, Instituto de Engenharia do Paraná, Instituto Democracia e Liberdade, Sindicato das Agências de Propaganda, Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná.

A candidata disse que qualquer administração deve partir de uma decisão ideológica: “se vai operar com base na economia do cuidado ou da economia do mercado. A economia do cuidado tem como lucro a saúde e o bem-estar das pessoas. Ela nunca foi tão necessária como neste período caracterizado por uma pandemia que põe a descoberto as cicatrizes de uma sociedade que até hoje não se redefiniu”. Lanz ponderou que a economia de mercado trouxe muitas inovações, “mas é preciso dizer que socialismo é o oposto de individualismo. Se a economia de mercado trouxe avanços, trouxe também consequências graves, como a devastação ambiental, que aqui em Curitiba já provoca uma grave crise hídrica”.

Letícia Lanz observou que a economia de mercado precisa passar por transformações, lembrando “os 14 milhões de desempregados no Brasil que não vão retomar seus empregos, porque foram substituídos pela tecnologia e pela inteligência artificial. A indústria, que ocupava centenas de milhares de pessoas em meados do século 20, hoje ocupa menos de um quinto dessa mão de obra. Um simples engenheiro de informática comanda toda uma linha de produção, onde quem faz o trabalho são os robôs. A economia do cuidado tem o papel de olhar para essas pessoas”. Ela citou também com o comércio virtual, que coloca em risco a sobrevivência principalmente dos pequenos negócios de rua.

Segundo a candidata, a administração pública deve ser forte “para não ceder aos que querem transformar bens públicos em mercadoria. Nem tudo pode virar mercadoria: a família não é mercadoria, a saúde não é mercadoria, a água não é mercadoria. Há limites entre a atuação das empresas e aquelas responsabilidades do estado que não podem ser delegadas a ninguém”, finalizou.

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