Campagnolo defende uso de fundos eleitorais para subsidiar o diesel

Como forma de encontrar recursos para subsidiar a redução do preço do diesel, motivo que leva caminhoneiros a bloquear rodovias de todo o país desde segunda-feira (21), o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, apoia, entre outras medidas, a sugestão de que seja utilizado o dinheiro destinado ao fundo que financiará campanhas eleitorais neste ano.

A proposta, lançada pela Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná, destinaria os mais de R$ 1,7 bilhão do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como Fundo Eleitoral, para compensar perdas de arrecadação que o governo vai ter com a redução de tributos que incidem sobre o combustível.

Campagnolo vai além e sugere que também seja incluída na conta pelo menos parte do Fundo Partidário, que em 2018 destinará R$ 888,7 milhões para custear as 35 legendas com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Como de costume no Brasil, governo e o Congresso Nacional veem como única solução transferir a conta para a sociedade, compensando a perda de arrecadação dos combustíveis com oneração em outras áreas. Quem sempre acaba prejudicado é o setor produtivo e a população”, afirma. “Já passou da hora de nossos políticos começarem a mexer nos privilégios que criam em benefício próprio, como são os casos dos fundos Eleitoral e Partidário, mantidos com recursos do orçamento da União, ou seja, bancados por todos os cidadãos”, completa.

Outra medida que deveria ser analisada, na opinião de Campagnolo, é o remanejamento de recursos destinados às emendas parlamentares individuais. O orçamento federal de 2018 prevê uma verba total de R$ 8,8 bilhões para elas. Em 2017, esse montante chegou a R$ 10,7 bilhões. “Por mais que várias dessas emendas tenham o propósito de financiar ações importantes, da forma como são liberadas acabam servindo para que os parlamentares conquistem apoio em suas bases, num movimento que ajuda a perpetuar sempre os mesmos na política”, afirma.

O presidente da Fiep ressalta que essas são apenas algumas sugestões de medidas que podem ser adotadas emergencialmente para possibilitar a redução dos tributos que incidem sobre os combustíveis e resolver uma questão pontual, que é a greve dos caminhoneiros. “O país está entrando em um caos extremamente perigoso. Todo o setor produtivo, especialmente a indústria, já está sofrendo prejuízos difíceis de serem recuperados e, mais grave ainda, a população sofre com a ameaça de desabastecimento”, diz.

“Apesar de as reivindicações dos caminhoneiros serem justas, o momento exige responsabilidade e bom senso de todas as partes. O governo já fez uma proposta e seria importante uma suspensão da greve por 15 dias para que as negociações e a busca por soluções possam ser aprofundadas”, sugere Campagnolo.

2 COMENTÁRIOS

  1. Suspender a greve 15 dias para achar uma solução???? Foi protocolado pedido de soluções, há mais de um mês. Ele ignorou, estava ocupado tampando os buracos da emenda dos portos e buscando justificativa para os amigos da filha terem feito uma vaquinha de 700 milnpra reformar a casa….desculpa mas não tem moral nenhum apara que alguém confie nele e na sua trupe de bandidos

  2. é isso, já foi dito: emendas individuais no valor de quase 9 bi……mais quase 1 bi….para os deputados se reelegerem….acabar com isso. Vai ajudar o Brasil!

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