Num dos últimos atos de campanha em Curitiba, o presidenciável Alvaro Dias (Podemos) conseguiu juntar pequena multidão para acompanhá-lo na caminhada que fez pelo calçadão da Quinze de Novembro. Foi muito aplaudido quando, no discurso ao final da passeata, fez referência indireta aos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT):
“O Brasil não pode mais aceitar ser comandado por organizações criminosas. O Brasil não pode aceitar que um partido se transforme no PCC comandado de dentro do presidio, não pode aceitar um lançamento de candidatura à presidência na porta de uma penitenciária”.
A caminhada foi organizada por antigos amigos de Alvaro Dias, que foram no Paraná um movimento a favor de sua candidatura. Mas não contou com a presença de supostos apoiadores formais que, em razão das alianças políticas construídas no estado, deveriam estar na linha de frente da manifestação – dentre eles o candidato a Senador Oriovisto Guimarães, colocado na chapa de Ratinho Jr. por Alvaro quando da coligação firmada entre o PSD e o Podemos. Oriovisto justificou-se: estava acometido de uma distensão muscular.
Alvaro compreendeu o momentâneo impedimento de Oriovisto em participar da caminhada, mas não não entendeu até hoje porque, nas propagandas do candidato a senador, nunca se fez nenhuma referência ou pedido de voto ao candidato a presidente do próprio partido.
Enquanto isso, prefeitos do MDB que fazem campanha em favor de João Arruda, candidato do partido ao governo do estado, organizam reunião em uma grande cidade do interior (ainda a ser escolhida) para manifestar apoio a Alvaro Dias. Arruda estará presente, mas não ouvirá de Alvaro uma palavra explícita de apoio a ele. Mas se ficar implícito já estará de bom tamanho, diz um dos organizadores do ato, a se realizar provavelmente nesta semana – a depender da agenda de Alvaro, que só prevê para os próximos dias compromissos em São Paulo (debate de presidenciáveis no SBT), Goiânia, Brasília e interior paulista.
Gente, o quer tinha na rua quinze era uma turma de amigos e não passava de 300 pessoas e olha lá. Álvaro estava totalmente inconformado, tanto que depois disso houve uma briga na porta do cafe avenida (cafe da boca) triste situação de um candidato que diz que teve 99% de aprovação no seu governo.