A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (22), por 228 votos a 210, a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para o ministério da Economia. A mudança foi confirmada durante a análise da medida provisória 870, que trata da organização administrativa do governo Bolsonaro. Os partidos do Centrão e oposição garantiram o resultado.
Na primeira votação, feita de forma simbólica, Maia anunciou a rejeição do requerimento que pedia para o Coaf ser mantido com o ministro Sérgio Moro. O PSL pediu então para que a votação fosse feita nominalmente, o que permite uma contagem exata dos votos.
Votaram pela mudança do Coaf para a Economia: PP, MDB, PTB, PT, PL (antigo PR), PSB, PRB, PDT, DEM, SDD, Psol, PCdoB e PSC. As lideranças da maioria, da minoria e da oposição também encaminharam a votação neste sentido.
Já o PSL, Podemos, Pros, Cidadania, Novo e PV pediram a aprovação do requerimento, para que o Coaf permanecesse no ministério da Justiça e Segurança Pública. O PSD e o PSDB liberaram suas bancadas. O líder do governo na Casa, major Vitor Hugo, fez uma defesa enfática no plenário pela manutenção do órgão na Justiça.
Se ele reclamava de levar bolas nas costas, quando era o juiz do juízo final, imagina agora.