Por todas as evidências e de acordo com laudos técnicos, a sede histórica da Câmara Municipal de Curitiba na rua Barão do Rio Branco já não comporta as atividades normais – muito menos tem condições de receber público interessado em acompanhar as sessões. E, mais ainda, se este público for tão ruidoso quanto o dos sindicalistas que ocuparam as galerias quando da recente votação do pacotaço do prefeito Rafael Greca.
Os trabalhos de restauração feitos há cinco anos não foram suficientes para dar segurança ao prédio e por isso já se imagina ressuscitar o projeto de construção de um edifício-sede, ocupando o espaço do que atualmente é um estacionamento. Quando o prédio ficar pronto, a ideia é transformar a sede histórica em museu.
O palácio Rio Branco foi construído entre os anos de 1891 e 1895 para sediar o Poder Legislativo Estadual (atual Assembleia Legislativa), tendo recebido, inicialmente, a denominação de Palácio do Congresso. Durante 60 anos o espaço abrigou os congressistas estaduais que, em 1957, transferiram suas atividades para uma nova estrutura no Centro Cívico. Seis anos depois, em 1963, os vereadores realizaram a primeira sessão plenária nas dependências do prédio, então renomeado para Palácio Rio Branco.
A transferência da Câmara Municipal, que funcionava em um prédio alugado na Praça Tiradentes, chamado de Largo do Rosário, foi oficializada com a aprovação da Resolução 3/1963.
Pelo valor histórico e cultural do prédio para o Paraná, foi tombado pelo governo do Estado em 1978. O documento que assegurou o tombamento relata as características do espaço: “Prédio em alvenaria de tijolos com dois pavimentos e um porão em estilo neo-clássico, segundo projeto do arquiteto Ernesto Guaita”.