Bolsonaro manda repórter “às favas” por pergunta sobre pesquisa

O presidente Jair Bolsonaro minimizou nesta segunda-feira (23) o resultado da pesquisa Datafollha segundo a qual governadores e o Ministério da Saúde têm avaliação bem melhor que a dele em relação à condução da crise do coronavírus.

As declarações foram dadas em entrevista na porta do Palácio da Alvorada. O presidente ainda criticou e chamou de “impatriótica” a pergunta sobre o levantamento, publicado nesta segunda-feira.

Em meio aos dados da pesquisa e de embates públicos com governadores, Bolsonaro disse que fará reuniões por videoconferência com gestores do Norte e do Nordeste nesta segunda-feira.

O Datafolha mostra que Bolsonaro tem sua gestão da pandemia aprovada por 35%, enquanto governadores são vistos como ótimos ou bons em seu trabalho por 54%. Mesmo o Ministério da Saúde é mais bem avaliado que o presidente: 55% aprovam o trabalho da pasta de Luiz Henrique Mandetta.

O instituto ouviu 1.558 pessoas de 18 a 20 de março. Feita por telefone para evitar contato com o público, ela tem margem de erro de três pontos para mais ou para menos.

“Você está preocupada com popularidade minha e do Mandetta? Se você acredita no Datafolha. O presidente da República e seus ministros estão trabalhando há semanas para minimizar os efeitos do coronavírus. As vidas das pessoas estão em primeiro lugar”, disse, após ser questionado sobre os resultados do levantamento.

Bolsonaro ainda chamou de infame a pergunta sobre os dados da pesquisa.

“A imprensa é importantíssima para divulgar a verdade, mas não é com pergunta como essa, feita por essa senhora [repórter] aqui do meu lado. É uma pergunta impatriótica, que vai na contramão do interesse do Brasil, que leva ao descrédito da imprensa brasileira. É uma pergunta, me desculpe, infame até.

“Vão dizer que estou agredindo a imprensa, se estou agredindo, saiam da frente do Alvorada”, completou, em referência aos jornalistas que fazem plantão em frente à residência oficial da Presidência.

Em referência a atitudes que já classificou como exageradas por parte de governadores, Bolsonaro disse que a “dose do remédio não pode ser excessiva de modo que o efeito colateral seja mais danoso”.

O presidente voltou a dizer que não pode haver pânico na população e que o governo busca evitar alongar a curva de contaminação já que não há como evitar o vírus.

“Ai vem uma pergunta de que a popularidade do Mandetta está melhor do que a minha. Vá às favas. Será que não tem mais inteligência na imprensa brasileira para fazer uma pergunta à altura do Brasil?”

1 COMENTÁRIO

  1. È caso de INTERNAMENTO…Urgente!!!! um dia faz uma live e fala do remedio do Eisten… no outro assina uma MP que vai prejudicar uma grande parcela da população…. em outra não sabe o que fala!!!! Ele está com Corona Virus ( não deu o resultado da analise) e esta praticando crimes um na sequencia do outro!!!! INTERNAMENTO JA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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