(por Ruth Bolognese) – Em casos de corrupção, o ex-governador Beto Richa disse, mais de uma vez, que perdoava o pecador, mas não o pecado. Citação bíblica de homem probo e justo. Também já repetiu que não precisa de dinheiro público porque é casado com mulher rica. Dona Fernanda , como se sabe, é herdeira do antigo Bamerindus.
O pecado cometido em Paris, hospedando-se no luxuoso 5 estrelas com vista para o Arco do Triunfo – e por si só a frase é um atenuante – foi de pequena monta, quase uma distração. Afinal, que governante iria colocar a própria pele em risco por R$ 900 dólares numa viagem até a China?
O que transforma o episódio em algo negativo para o ex-governador é “Richa é condenado por usar dinheiro público em hotel de luxo em Paris”.
Tudo se refere ao respeito à liturgia do cargo. E tudo é fruto de uma certa arrogância que atinge homens e mulheres no poder, onde o uso do cachimbo faz a boa torta.
Aí, como sempre, tem pecador, pecado e acerto de contas com o erário e com a honestidade da mulher de César.
Francamente, quando a Justiça vai de focar em algo realmente relevante, isto ai é trocado que não vale a tinta sobre
o papel de uma eventual denúncia. Ainda bem que nem gastam papel para isto. Morre aqui e o Beto continua.
Engraçado que esta nota chama a atenção por mencionar que a esposa referida é herdeira do Bamerindus. Hoje mesmo rodou nos grupos reservados um blog que mencionou exatamente sobre a venda deste banco para o HSBC e os envolvidos nas negociações. Pessoas muito conhecidas nos poderes da República, que por sinal hj estão muito bem.
http://encontrofortuito.blogspot.com/2018/08/serendipity-republic-istoe.html?m=1
Beto será eleito senador com votação recorde. A República de Curitiba e os eleitores do estado do Moronhão adoram gente bem-sucedida, bem vestida e que fala (finge) inglês. Aqui a lei é para todos. (Os outros).
Beto Richa usando o dinheiro público outra vez, quando a justiça vai dar um basta