(por Ruth Bolognese) – Apesar das suspeições e denúncias, e uma articulação política amadora, que beira o constrangimento, o ex-governador Beto Richa não chegou ao patamar de desmoralização pelo qual passa seu colega de partido e contemporâneo na política, Aécio Neves. Mas pode chegar.
De ex-candidato a presidente que quase chegou lá, o senador mineiro baixou consideravelmente de posto, e hoje é candidato a deputado federal pelo PSDB de Minas para não ser esquecido em definitivo. Aécio fez um esforço descomunal para fugir dos processos e adiar, qualquer condenação por malfeitos, mas a liderança como político que dava as cartas virou pó do mesmo jeito.
O ex-governador Beto Richa segue no mesmo caminho, mas com um agravante. O processo no qual é suspeito de ter recebido R$ 2,5 milhões de propina da Odebrecht está nas mãos os juiz Sérgio Moro, que já despachou apontando indícios graves nos autos.
E na última grande entrevista que deu como candidato ao Senado, para o jornal Gazeta do Povo, Beto Richa afirmou que havia dado 20 dias para seu ex-homem de confiança, o jornalista Deonilson Roldo, explicar o diálogo onde foi gravado interferindo na licitação da PR-323, já “reservada” para a Odebrecht. Até hoje, passados quase 3 meses, nada foi explicado.
Um solavanco no processo que está com Sérgio Moro, em pleno período eleitoral, e o ex-governador Beto Richa se posiciona exatamente ao lado de Aécio Neves. Desmoralizado e sozinho.
Beto está entre ser um “Aécio (liso) ou um Azeredo (que logo será solto por Gilmar)”. Há quem duvide? Alguém viu a festa, cuja entrada foi de R$250.000,00 com consumação livre, para comemorar a posse do novo presidente Mineiro do STF?? Tinha Kakay (advogado de ex-ministros) e outros popstars.