Justiça interroga Beto Richa sobre convênio de 2005 na área da saúde

O ex-governador do Paraná  Beto Richa (PSDB) negou na última quinta-feira (15), em interrogatório na Justiça Federal de Curitiba, qualquer envolvimento em suposto crime de responsabilidade ligado a um convênio assinado em 2005 entre o governo federal e o prefeitura da capital, no valor de R$ 100 mil, para reforma de três unidades de saúde entre 2006 e 2008. Beto era o prefeito de Curitiba na época. A informação é de Catarina Scortecci, da Gazeta do Povo.

Segundo denúncia do Ministério Público Federal, houve desvio de finalidade do convênio: os recursos não foram destinados às obras. A defesa de Beto alega que uma servidora desviou o dinheiro e reconheceu o crime – e acrescenta que o município depois devolveu os recursos federais e concluiu as obras nas unidades de saúde com dinheiro próprio.

No interrogatório, feito de forma remota pelo juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Criminal de Curitiba, o ex-governador repetiu que o problema do convênio se deu em razão do desvio praticado pela servidora e que ele nem a conhece. Na época, afirmou, ele apenas autorizou a abertura de sindicância para apurar o caso: “As medidas que cabem ao gestor público foram tomadas e ela foi demitida após sindicância. A servidora reconheceu em juízo que desviava recurso”.

De acordo com Catarina Scortecci, Beto Richa disse que não teve “responsabilidade alguma”. “A responsabilidade era exclusiva do núcleo de finanças na secretaria da saúde. Eu assinei o convênio, mas eu não participava da gestão dos recursos, eu não tinha como, com as inúmeras atribuições de um prefeito, de cuidar de questões micro. Eu não tinha acompanhamento diário destas contas, impossível, não cabia a mim, não tinha tempo para isso, não era minha atribuição”, disse.

O interrogatório durou cerca de 15 minutos.A advogada Raquel Santoro acompanhou o ex-governador na audiência.

 

 

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