Durante pouco mais de uma hora, Beto Richa foi questionado pelos procuradores do Ministério Público sobre suas responsabilidades como governador para que não deixasse ocorrer o escândalo da liberação de R$ 28 milhões de verbas públicas (estaduais e federais) para construção e reforma de escolas – obras que, em sua maioria, não saíram do chão. Só o dinheiro saiu do caixa.
O vídeo integral do depoimento foi publicado em primeira mão e com exclusividade por este Contraponto logo após a divulgação da notícia de que o MP havia ingressado na Justiça com ação de improbidade administrativa contra, os deputados Valdir Rossoni e Plauto Miró e outros sete integrantes do governo.
Como já mostramos aqui, Beto deu demonstrações de que estava pouco preparado para governar o estado. Em grande parte das vezes em que foi perguntado sobre questões comezinhas da administração ou mesmo sobre suas relações de amizade ou ligações funcionais com pessoas envolvidas na Operação Quadro Negro, ele respondia com recorrentes “não sei”, “não me recordo”, “não tenho conhecimento” e outras fugas do gênero.
Um dos poucos momentos em que foi mais afirmativo foi quando perguntado – lá pelo meio do interrogatório – se estaria disposto a autorizar a quebra de seus sigilos bancário e fiscal. Ele disse que sim, sem problemas. O depoimento prosseguiu e foram notáveis as demonstrações de falta de memória ou de precário domínio sobre o que acontecia ao seu redor.
Entretanto, a única afirmação incisiva do ex-governador caiu também por terra nos momentos finais, quando um advogado (não identificado no vídeo) interrompe para fazer uma observação: Beto Richa não estava obrigado a abrir os sigilos, argumentou com os procuradores. Foi um momento de agitação em que quase todos falavam ao mesmo tempo – apenas Beto, com olhar vago, se fazia desentendido a ponto de perguntar: “Então, devo ou não devo abrir meu sigilo?”. Por fim, venceu a tese do advogado – não deve abrir.
Boa Tarde,quando a pessoa realmente não deve,ou não tem culpa,claramente as atitudes são outras,este tipo de comportamento,de alienado,esquecido e por vezes até demente, é somente orientação dos advogados,apenas estratégia de defesa e que não engana mais ninguém,nem os mais céticos.
Ele quer ser senador para defender os interesses do Paraná! Sinto muito, mas é um ingênuo incompetente ou é desonesto. Além do mais, o MP vai pedir e o judiciário, ao que tudo indica, vai autorizar. Até síndico de prédio tem que prestar contas das finanças do condomínio!
Em Piraquara abrem outros tipos de sigilo