Oficiais, sargentos e praças da Polícia Militar e dos Bombeiros, eleitos para comporem os Conselhos de Representantes da Amai (associação dos PMs da ativa e inativos), ingressaram na justiça com petição para que seja declarado extinto o mandato da atual diretoria da entidade, presidida pelo coronel Elizeu Furquim (foto), há 27 anos no cargo. A petição argumenta que a gestão terminou dia 28 de outubro passado e que, realizadas as eleições para os sete conselhos, estes deveriam proceder à escolha do novo presidente.
Entretanto, em razão de denúncias de que o resultado da eleição dos conselhos teria sido influenciado pela propagação de notícias falsas, a atual diretoria da Amai decidiu abrir Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e adiou o passo seguinte do processo eleitoral até a conclusão do inquérito. Enquanto isso, a atual diretoria continuaria no comando da entidade.
Em nota, o grupo que apelou para a Justiça diz o seguinte:
Pelo presente, os membros das Câmaras de Representantes da AMAI, que ao final subscrevem, escolhidos democraticamente no dia 26/09/2018 pelos associados da entidade, em processo eleitoral regular e em absoluta consonância com as normas que regem a Associação, para representarem os interesses do quadro associativo dos respectivos círculos, no período de 01/11/2018 a 01/11/2021, informam aos associados, fornecedores, credores, autoridades e diretorias das demais entidades, que a gestão do triênio 2015/2018 foi encerrada em data de 28/10/2018, conforme previsão estatutária em vigor. Isso porque a posse correspondente aconteceu no dia 28/10/2015, para mandato de 03 (três) anos.
Repudiamos o ato de suspensão do processo eleitoral, sem amparo nas normas estatutárias, bem como com a questionável e subjetiva motivação alegada, afetando ainda mais a credibilidade da Associação perante a comunidade miliciana e a sociedade paranaense. Não podemos aceitar como natural uma decisão unilateral do ex-presidente do Conselho Diretor que, após ininterruptos 27 anos no cargo e na última semana do seu mandato, expede ato arbitrário, protelando a própria substituição para data indeterminada.
Em razão disso, juntamente com outros Militares Estaduais filiados, ingressamos judicialmente em defesa dos direitos dos associados, dos eleitos para as câmaras de representação, e dos candidatos ao Conselho Diretor. Esperamos que o Poder Judiciário determine, em breve, a continuidade do processo eleitoral, de modo que a legalidade seja restabelecida e a vontade dos associados prevaleça na escolha dos dirigentes da AMAI.
Vale destacar que os integrantes eleitos para as câmaras de representação, por força do que dispõe o estatuto da entidade, em breve integrarão o Conselho Fiscal e, além disso, elegerão os membros do Conselho Diretor. Esses colegiados serão responsáveis pela condução da Associação, inclusive pelo acompanhamento de procedimentos de auditorias, necessárias à verificação da regularidade das gestões anteriores.
Concluímos, portanto, que o cargo de presidente, assim como as demais funções do Conselho Diretor, Conselho Fiscal e Câmaras de Representação estão vagos desde o dia 28/10/2018, nos exatos temos do Estatuto vigente. Até que a segunda fase do processo eleitoral aconteça, com a posse dos eleitos nas câmaras, bem como a eleição e posse dos membros dos Conselhos Fiscal e Diretor, todo e qualquer ato que venha a ser realizado pela antiga gestão está em desacordo com o instituto normativo que regulamenta a entidade e, por conseguinte, passível de anulação, com a decorrente atribuição de responsabilidades.Curitiba, PR, 1º de novembro de 2018.
Coronel Rita Aparecida de Oliveira
Tenente-Coronel Alex Erno Breunig
Major Manoel Jorge dos Santos Neto
Capitão Valmir de Souza
Capitão Marcelo Trevisan Karpinski
Capitão Divonzir Pereira
Tenente Marcelo Vieira de Lima
Tenente Valdir Goedert Filho
Tenente Francielle Hofflinger
Tenente Valdenil Leal de Carvalho
Ano novo e Presidente velho. Estamos aguardando a posse do novo Conselho e a eleição do Presidente.
Amais se transformou numa piada. Piada de pessimo gosto diga-se passagem.
O Cel Furquim e sua histriônica trupe inventaram uma pequena ditadura para se perpetuarem no poder. Típico de quem criou para si uma pequena côrte para manter inflados o egos que lhes sustentam. Inadmissível esse caricato golpe. Essa patuscada só demonstra a piada que se tornou essa AMAI. O seu presidente já responde alguns processos pela falta de limites nas suas atitudes incontidas contra todos que pensem ou ajam fora do que o ancião aprecia. Infelizmente só se confirma o que era só uma suspeita: Furquim e seus asseclas assenhoraram-se da associação como se donos fossem. E a absurda usurpação ditatorial do patrimônio da coletividade revela que não há importância no que os associados pensam. Tudo não passa de um grande teatro onde a peça só tinha cartaz quando os protagonistas eram eles. Os mesmos há quase trinta anos. Quando a plateia encheu-se das fanfarronices e escolheu outros atores, pronto! Fechem as portas pois esse palco é só meu! Ninguém toque no meu pão de queijo.
Mas não descorçoem. Fechem as cortinas e deixem que o pequeno déspota se divirta com os seus fantoches até que a justiça restitua a legalidade e a verdade. E os moribundos personagens descansem nos baús do esquecimento, nas coxias dos fracassados palcos.