(por Ruth Bolognese) – A exemplo do finado Chico Anísio, que sempre namorava a mulher do momento, (às vezes elas nem sabiam do namoro), o senador Alvaro Dias também tem fixação por personagens que brilham. Em 1994, quando o jogador Romário era o ídolo brasileiro com maior prestígio, Alvaro o convidou para dar uma forcinha na campanha. Estava próximo do jogador porque tocava a CPI do Futebol.
Romário veio, participou de uma carreata pelas ruas de Curitiba ao lado de Alvaro, foi ovacionado e paparicado. Mas quem ganhou a eleição para o governo foi Jaime Lerner, o principal adversário do senador.
Agora, ao se lançar presidente, Alvaro Dias anuncia que se ganhar a eleição, vai convidar o juiz Sérgio Moro para ser ministro da Justiça.
Nada contra a decisão do senador e o impacto que pode provocar. Mas o então presidente Fernando Collor (que apoia a candidatura de Alvaro) também quis fazer um ministério de notáveis, com Fernanda Montenegro na Cultura e Zico nos Esportes. Ela não aceitou, ele ficou apenas um mês no cargo. E o governo de Collor deu no que deu.
Chamar Moro para ser ministro é um sinal de prestígio ao juiz e crença na Lava Jato. Mas soa um pouco cabotino.
Tá se confundindo toda, heim, Ruth Bolognese? Em 1994, Álvaro não estava tocando nenhuma CPI, porque não tinha mandato! Você certamente quis se referir a 2002, quando Álvaro já era novamente senador e foi candidato a governador (e perdeu pro Requião, não pro Lerner), mas nem assim você acerta, porque a CPI do futebol do Álvaro foi no ano 2000… Kkk…
Por que os demais candidatos não lembraram de Moro? Não acredito que lembraram, não não avançaram porque isso poderia “soar um pouco cabotino”… Álvaro deu o tiro certo, política é isso aí. E precisamos deixar de sermos viúvas de Osmar Dias, ele não merece nosso choro, é vacilão e frouxo, embora seja um cara do bem, com capacidade para ser um grande governador. Osmar é um traumatizado, alimenta um grau de dependência enorme de Requião, até mesmo quando o renega. Não sei se Osmar é turrão, ou é influenciado pelos que lhe rodeiam; ou as duas coisas.