Ao contrário da tradição de o governador gastar menos de 24 horas para nomear o procurador-geral de Justiça , desta vez reina alguma perplexidade: até agora o Palácio Iguaçu não deu nenhum sinal de pressa nem para manter no cargo o procurador-geral Ivonei Sfoggia, o mais votado na eleição de quarta-feira (14), nem para usar a prerrogativa de nomear um dos dois procuradores que figuraram em segundo e terceiro lugares na lista – Leonir Batisti e Marcos Fowler.
Em março de 2016, no dia seguinte à eleição, Beto Richa já mandava publicar o decreto de nomeação de Ivonei Sfoggia. Eleito, ele tinha bons padrinhos na época: seu antecessor Gilberto Giacoia, o sempre presente procurador Olympio Sotto Maior, o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano, e uma penca de outros interessados influentes para levar o governador à rápida decisão de anunciar a escolha.
Por que não desta vez? Porque, segundo boas fontes palacianas, até hoje o poderoso secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, não “engoliu” uma tentativa de Sfoggia de alterar a natureza de despesas no orçamento do estado para o exercício de 2017 que dariam ao Ministério Público mais liberdade para aumentar as próprias despesas. Técnicos da secretaria da Fazenda, no entanto, notaram o estratagema que tinha toda a aparência de ser ilegal. Instruído por Mauro Ricardo, Richa vetou as intenções do MP. O Ministério Público, porém, respondeu usando seu poder de fogo e conseguiu que a Assembleia derrubasse o veto do governador.
Ficaram cicatrizes. Embora Ivonei Sfoggia tenha se esforçado para reconquistar o governador dificultando o trâmite de investigações do Ministério Público que poderiam levá-lo a responder por improbidade no caso da Operação Negro, permaneceu o clima de desconfiança nas relações entre o governo e o MP. E até de animosidade direta entre o secretário Mauro Ricardo e Sfoggia.
As cicatrizes apareceram durante a campanha: Sfoggia assinou carta na qual acusa (sem citar o nome) o secretário Mauro Ricardo de ser “o escriba de plantão na terra das araucárias, com visão de soberano matemático” de constituir uma ameaça à autonomia institucional do Ministério Público.
O embate seria um dos motivos para a estranha demora do Palácio Iguaçu em decidir em favor da recondução de Ivonei ao cargo de procurador-geral.
Como não há obrigação legal para que o escolhido seja o mais votado da lista tríplice, não é impossível que o governador opte por nomear Marcos Fowler – procurador de perfil acadêmico e sem ligações políticas -, terceiro lugar dentre os três mais votados e que passou a ser o nome preferido da ala liderada pelo bom articulador Olympio Sotto Maior.
Sugestão (apenas em caso hipotético para reflexão):
Todos os que se encontram há mais de dois anos em cargos comissionados e funções gratificadas de volta aos Órgãos de Execução, para trabalharem nas atividades finalísticas, e travar a batalha por uma sociedade mais justa, fraterna e solidária, com os irmãos.
Os servidores com cargo de chefia, direção e assessoramento, exoneração imediata!! Igualdade e Fraternidade com os colegas que não tiveram a oportunidade ainda, e são tão competentes quanto. Assim concretizamos os ditames e os preceitos de igualdade da Carta Maior e promovemos a transformação social em nossa casa.
Apenas sugestão.
A não nomeação do cara iria causar revolta e até nota de protesto do ” Cordão dos Puxa Saco”. Tipo: como assim?
O Parquet já apequenado agora pode ficar nanico e os superiores interesses da sociedade, ora, os superiores ….