A eleição no TJ e as armas de cada um

Quem acompanha a eleição para a presidência do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) garante que a definição do novo presidente passa necessariamente pela continuidade dos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ao Judiciário. O repasse de percentuais do orçamento geral do estado criou as chamadas “ilhas da prosperidade” no poder público paranaense, conforme definição do ex-secretário de Fazenda Mauro Ricardo.

Obviamente, o Judiciário paranaense não quer perder os mais de R$ 2 bilhões repassados pelo Executivo. Quem conhece de perto a movimentação dos candidatos garante que a desembargadora Lidia Maejima, atual 2ª Vice-Presidente, também candidata, teria um acordo com o governador eleito, Ratinho Junior, para não alterar o percentual de repasse destinado ao Judiciário, 9,5% do orçamento geral – o que, em tese, agrada a maioria dos magistrados-eleitores.

Por outro lado, não se pode esquecer da influência que vem dos gabinetes do prédio ao lado, na Assembleia Legislativa. Por ali, comenta-se que o preferido do deputado Alexandre Curi, sempre influente no Judiciário, seja o ex-presidente do TRE-PR, Adalberto Xisto Pereira. Também concorrem o atual corregedor-Geral da Justiça, desembargador Rogério Kanayama; o ex-2.º vice-presidente Fernando Wolff Bodziak. A eleição acontece no próximo dia 12 de novembro.

4 COMENTÁRIOS

  1. Vergonhoso esse repasse, dado pelo ex Governador Orlando Pessuti, que em seis meses, irresponsavelmente, deu esse benefício ao Judiciário e Ministério Público, para que obtenham vantagens vergonhosas como auxílio moradia; auxílio por acúmulo de função; auxilio para, -pasmem- excesso de trabalho, auxíio livro, paletó etc. Vamos ver o que irá fazer o novo Governador, pois soube que irá acabar com essa vergonha. Mauro Ricardo tentou, mas não conseguiu, Beto afinou…e foi preso.

  2. É hora de termos uma mulher na presidência do TJPR. Que não seda a pressões de oposição e batalhe para que os Juizes também votem na escolha do Chefe do Poder Judiciário, já que a Constituição Federal equipara as carreiras com as do Ministério Público.
    Seria uma maior garantia para os juízes de que seriam lembrados e que poderiam ser ouvidos direta e democraticamente.
    Assim acabaria com parte dos apadrinhamentos nas promoções e remoções por merecimento.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui