Em meio a protestos gerais contra a decisão do ministro Luiz Fux que, a pedido do senador eleito Flávio Bolsonaro, suspendeu as investigações sobre as “movimentações atípicas” nas contas bancárias de seu ex-motorista, Fabrício Queiroz, o procurador-chefe da força tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dellagnol, também criticou em sua conta no Twitter:
“Com todo o respeito ao Min. Fux, não há como concordar com a decisão, que contraria o precedente do próprio STF. Tratando-se de fato prévio ao mandato, não há foro privilegiado perante o STF. É de se esperar que o Min. Marco Aurélio reverta a liminar.”
O teor das críticas – vindas da esquerda e da direita – foi no sentido de condenar a contradição presente no pedido de Flávio Bolsonaro: ele alegou que, como é agora senador (diplomado, mas não tomou posse), tem prerrogativa de foro e não pode ser investigado pela instância estadual do Ministério Público Federal. Flávio, assim como seu pai, o agora presidente Jair, sempre foi crítico do foro privilegiado.
O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) também criticou a decisão da defesa do senador eleito Flávio Bolsonaro de pedir a suspensão das apurações contra seu ex-assessor Fabrício Queiroz, segundo nota publicada pelo Estadão. “Não começa bem seu mandato o senador que, antes mesmo da posse, pede foro privilegiado. Ainda pior, para barrar inquérito contra seu amigo e assessor que não explica como movimentou mais de um milhão de reais em sua conta suspeita pelo Coaf. Reconhecendo que tem o que esconder”, afirmou.
Cristovam fez uma analogia ao comportamento do governo atual com o do PT, que prometeu se eleger para defender a ética e acabou sendo envolvido numa sequência de escândalos de corrupção. E previu que “o eleitor e o povo” não aceitarão “novos vendedores de ilusões”. “O PT pagou alto preço ao se eleger em nome da ética, da transparência, contra a corrupção e se comportar protegendo e se beneficiando de corruptos. O eleitor e o povo não vão aceitar a repetição deste comportamento por novos vendedores de ilusões”, disse.
Finalmente matou no peito. Não ouvi ninguém reclamando de ele ter sido nomeado pelo PT. A questão mais uma vez colocada é a do Direito do Amigo e do Inimigo. Para o amigo tudo e para o inimigo a lei ou a sua pior versão.
Ferrem-se as aparências e a moralidade já que isso também só se deve colocar quando interessa. .
A hashtag óbvia é #seularanjaminhasdividas .