A campanha eleitoral no Paraná: por quem os sinos dobram?

(por Ruth Bolognese) – A decisão do ex-senador Osmar Dias de seguir adiante na campanha eleitoral sem o MDB de Roberto Requião resolve o primeiro grande impasse da campanha eleitoral de 2018. Se o ex-governador Beto Richa vai ou não concorrer ao Senado de braço dado com a família Barros já é dúvida menor.

A seu jeito e modo, o ex-senador de barbas brancas e cabelos nem tanto, deu ao eleitor paranaense um exemplo de coerência política real, aquela que não faz concessões em troca de minutos preciosos na propaganda da TV, jatinhos do ano para vencer distâncias e um palanque bem acolchoado de recursos e candidatos conhecidos.

Navega em direção oposta à política brasileira, o Osmar Dias.

Pode ser que se esborrache na primeira semana de campanha e seja tratorado pela caravana alegre e bem nutrida financeiramente de Ratinho Jr, o maior adversário, conforme as pesquisas.

Mas a campanha eleitoral de 2018 carrega alguns elementos que impedem o canto da vitória pelos caminhos conhecidos da política. A ver as coligações invencíveis, o deboche do poder econômico, a promessa do futuro brilhante, virtual, instantâneo, sem passado e sem lembranças.

Ao contrário: estamos vindo da Operação Lava Jato, Senhores e Senhoras. Inseguros até com a sombra de políticos tão vazios e simpáticos, quanto falantes. Desconfiados e mal pagos.

A escolha na urna poderá ser um amadurecimento coletivo, depois de tanta paulada. É nessa tomada de consciência que vem apostando o ex-senador Osmar Dias com sua teimosia sem charme e sem sorrisos cativantes. Hoje, concluiu a primeira jornada e, mesmo contra todos os prognósticos convencionais da nossa politica, provoca um certo desconforto no otimismo contagiante dos adversários.

É aquela história de sempre: depois de tudo, vai saber o que está pensando o eleitor do Paraná.

3 COMENTÁRIOS

  1. Osmar fez certo. Não pode ficar grudado em Requião e Beto Richa. Requião é um oportunista, falso moralista, hipócrita. Richa está enrolado na justiça. Osmar também não vai para o céu, dirigiu o Banco do Brasil no governo Dilma, mas isso é um pecado menor, um pecadilho. Pelo jeito, Osmar tomou jeito, vai ter o meu voto.

  2. Dona Serpente fazendo o dever de casa! Escrevendo enchendo a bola do Urtigão! Só esqueceu de dizer que ele terá que suar muito pra explicar sua participação no governo petista! Aqui a porca vai torcer o rabo!!!

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