12 anos depois, obra no Porto ainda levanta suspeitas

Um caso que remonta ao tempo em que o psicólogo Eduardo Requião era superintendente da Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), durante os dois mandatos do irmão Roberto Requião, volta à tona ainda sob suspeitas levantadas pelo Ministério Público Estadual.

Diz respeito a um acordo de indenização devida à construtora CTO, que havia sido contratada nos idos de 2007 para a construção de um silo horizontal no Porto de Paranaguá. Com a obra pela metade, o então superintendente rompeu o contrato com a empreiteira e ficou devendo os valores correspondentes à etapa concluída, da ordem, à época, de R$ 2,5 milhões.

A cobrança judicial terminou em 2017 quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, deu razão à CTO e determinou o pagamento. A Appa, de fato, obedeceu à ordem no ano passado – mas em vez de realizar os depósitos na conta da própria construtora, pagou diretamente aos advogados da empresa.

O Ministério Público achou estranho e pediu explicações. Quer que a atual diretoria da Appa justifique o procedimento adotado na administração do superintendente Lourenço Fregonese e deu dez dias de prazo para que a atual diretoria apure a conduta do então diretor jurídico, Jackson Luiz Vicente, que firmou o acordo de pagamento. O Conselho de Administração da Appa também pede explicações.

 

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