Os franceses, as mulheres e nós (IV)

(por Ruth Bolognese) – Esta série sobre as mulheres sem votos, mas que mandam pra caramba na política, termina com Márcia Fruet, a jovem mulher de Gustavo. Termina a série, porque as mulheres continuarão a atuar até o fim dos tempos. Foi inspirada nos franceses, que exigem do presidente Macron uma definição clara do papel no Governo de Brigitte, mulher dele, 24 anos mais velha. Engraçado que com a Carla Bruni, bem mais jovem, mais alta e com uma voz muito mais sussurrante do que o marido, Sarkozi, ninguém se preocupou com o que ela fazia no Governo.

Mas falemos de gente nossa, de Márcia Fruet, a jornalista que conquistou o coração do solteiro tardio, já passado dos 40, Gustavo Fruet. Não se sabe que mecanismos sedutores a moradora do Bairro Alto utilizou para chegar ao coração de um homem a quem a política empolga mais do que tudo na vida. Tudo mesmo. Mas existe uma teoria plausível sobre isso e é a do sobrenome. Guga caiu de quatro quando ela se apresentou com seu nome completo: Oleskowicz, Márcia Oleskowicz.

Enfim, ela tornou-se a primeira namorada conhecida do prestigiado deputado do PSDB , de vida pessoal aparentemente monástica. Até então a façanha  mais marcante de Guga no terreno libidinoso, todo mundo está careca de saber, inclusive ele, sempre foi a receita do famoso “Carneiro Afrodisíaco”, herdada do pai, Maurício.

Depois de muitas cobranças  da imprensa, que se comporta como mãe zelosa quando se trata de políticos solteiros (vasculha os bolsos dele diariamente e começa a resmungar), Oleskowicz casou-se com o pré candidato as vésperas da eleição pra prefeito, e tornou-se Márcia Fruet.

No papel de primeira dama de Curitiba cortou os longos cabelos, detalhe que, ao contrário de Sansão, parece dar uma força descomunal a primeiras damas. Ficou muito mais bonita, mais moderna e poderosa.

E passou a defender, com unhas e dentes (não é trocadilho, é parábola), os Street Dogs e os Street Cats de Curitiba e os recolheu, junto com os  donos, nos abrigos da FAS (Fundação de Ação Social).  Na presidência da FAS afirmava publicamente que a elite curitibana queria lavar e esfregar os moradores de ruas só para manter a imagem da Capital do Paraná como uma cidade limpa. Nomeou a afirmação como “solução higienista”.

Mas o grande papel que Márcia Fruet exerceu durante o mandato do marido foi nas redes sociais, Face, Watts, essas coisas. Trump deve ter se inspirado nela para o bate e rebate que mantém com o mundo. Diante de qualquer crítica, por menor que fosse, enquanto o Guga mantinha a fleuma do garoto educado por dona Ivete, Márcia assumia o lado Oleskowicz e ia pras quebradas com textos irados e vitaminados. Continua na lida agora, mesmo  sem o título de primeira dama.

E Márcia ainda não cumpriu até agora foi a promessa de dar um Fruetizinho ou Fruetizinha para a família, intenção que manifestou ainda no início do mandato na prefeitura. Até agora, nada. Mas ela certamente saberá a hora de resolver a questão. Os cabelos continuam curtos e o nome de solteira é Oleskowicz, Márcia Oleskowicz. Não deve ser nada fácil para o Guga.

 

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