O amigo distante

(por Ruth Bolognese) – Pelo perfil apresentado pela repórter Catarina Scortecci da Gazeta do Povo de Brasília, o engenheiro civil Maurício Fanini está prestes a se tornar o amigo mais distante do governador Beto Richa.

Fanini foi preso, pela segunda vez, por conta da Operação Quadro Negro – desvio de mais de R$30 milhões de recursos para reformas e construção de escolas do Pr. As informações mais recentes é que teria feito um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

O que mais chama a atenção na reportagem é que Fanini e Beto Richa se formaram juntos pela PUC de Curitiba e nunca mais se largaram. Em 2001, quando o então governador tornou-se vice-prefeito de Cassio Taniguchi e também secretário de Obras Publicas, chamou Fanini para um cargo de confiança, diretor de Pavimentação.

E nos últimos 16 anos, foi alçando novos cargos, e vários processos por irregularidades nas diversas funções que ocupou, sempre ligado ao governador.

Ou seja, durante 16 anos de amizade – incluindo aí viagens para o Exterior – e cargos estratégicos no governo cegaram o governador Beto Richa a tal ponto que ele afirma, categoricamente, que nunca teve conhecimento de qualquer desvio de conduta de Fanini.

Só quando as denúncias de obras inacabadas, ou nem iniciadas, por todo o Paraná vieram a público, o governador decidiu pedir investigações na Fundepar, ligada à secretaria da Educação. E continua negando que os recursos públicos manipulados por Fanini foram parar na campanha de reeleição.

Beto Richa admite sequer que houve negligência da gestão dele ao não detectar o desvio do dinheiro público. Alega que um governador assina milhares de papéis todos os dias e não lhe cabe checar toda e qualquer transferência de recursos e liberações que ocorrem no governo.

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas vá ser devagar assim com o nosso dinheiro lá no O amigo distante.

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