(por Ruth Bolognese) – Quando era governador, José Richa era apontado por seus adversários políticos como um homem difícil para tomar decisões, hesitante até. E por isso o apelidaram de “Turco lento”, o turco pela origem árabe.
E o apelido, ao invés de chatear ou ofender, foi bem aceito por Richa, justamente porque era um trocadilho muito mais positivo do que “truculento”, numa época em que a truculência dos militares era uma constante e indignava os espíritos democráticos, como o de Richa.
A lentidão na tomada de decisões não foi uma herança que os adversários políticos tentaram colar no filho, o governador Beto Richa. Até porque ele não expressou essa característica nos cargos executivos que ocupou, de prefeito a governador.
Mas numa situação apenas, a lentidão de Beto Richa se manifesta: quando se trata de detectar os mal feitos de assessores, e até de parente, que o acompanham por longos anos: foi assim com o assessor Ezequias Moreira (o caso da sogra), com o primo distante Luiz Abi Antoun (suspeitas de irregularidades em licitações), o próprio co-piloto das corridas, Márcio Albuquerque Lima (fraude na Receita Estadual) e agora com o amigo Maurício Fanini (desvio de milhões dos recursos das escolas).
Todos eles acompanharam Beto Richa desde o inicio de sua trajetória política e ele levou anos e anos para perceber qualquer coisa. O bom e velho “turco lento” demorava, sim, para decidir. Mas era excesso de zelo com a chamada coisa pública.
Graças a duas famílias, os Richa e Requião de Mello e Silva que permaneceram ( ou ainda estão ) no governo do Estado, O PARANÁ É ESSA POBREZA DE ESPÍRITO E MUITO INTERESSE DOS AMIGOS DO REI.
Enquanto isso o Estado patina sem desenvolvimento, exceção para o agronegócio que caminha sozinho, em função da dedicação e coragem dos produtores rurais.