As obras eleitorais do empréstimo do BID

Não são poucas as obras que o governo Beto Richa está pretendendo fazer com o empréstimo de 235 milhões de dólares (o equivalente a R$ 735 milhões). A secretaria de Infra-Estrutura e Logística, comandada pelo primeiro-irmão Pepe Richa já está com tudo pronto para lançar as licitações tão logo o dinheiro entre nos cofres do governo.

Agora houve um pequeno atraso: o presidente Temer decidiu adiar o envio da confirmação do aval da União ao empréstimo à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Só vai fazê-lo depois de se convencer de que Beto Richa e alguns dos seus secretários-candidatos não tirarão proveito político exclusivo do financiamento. Antes, quer ter o compromisso de Richa de que ele precisa garantir apoio da bancada federal paranaense para aprovar a reforma da Previdência e também dividir com os deputados federais os dividendos das obras que virão.

Estão todos convocados para uma conversinha com Temer em Brasília na segunda-feira.

Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) informou por meio de nota em seu site, publicada no último dia 21, “o Paraná aumentará a eficiência, a competitividade produtiva, o desenvolvimento de sua infraestrutura de transporte sustentável e a integração regional com a implantação do Programa Estratégico de Infraestrutura e Logística de Transporte, orçado em R$ 1,36 bilhão (US$ 435 milhões)”, somada a contrapartida estadual, da ordem de 200 milhões de dólares.

O plano apresentado pelo governo estadual inclui 24 projetos rodoviários, com repavimentação de estradas existentes, restauração, expansão e pavimentação de rodovias, num total de 239 quilômetros. Os principais trechos de pavimentação são Irati/São Mateus (PR-364), Pitanga/Mato Rico (PR-239) e Coronel Domingos Soares/Palmas (PR-912). Também estão no programa a duplicação da Rodovia da Uva (PR-418), entre Curitiba e Colombo, e novos contornos em Castro, Pato Branco e Marechal Cândido Rondon.

A maior parte das obras será executada quando a vice-governadora Cida Borghetti assumir o governo a partir de abril, quando Richa deixará o Iguaçu para concorrer ao Senado.

Cida, candidata à reeleição, com a ajuda do lépido marido Ricardo Barros, também usufruirá das vantagens políticas das obras. Que poderá dividir (ou não) com o candidato Beto Richa se ele se comportar direitinho – isto é, se der apoio exclusivo à candidatura de Cida, abandonando Ratinho Jr., o jovem que um dia sonhou em receber a bênção de Beto para galgar até o 3.º andar do Palácio Iguaçu. Osmar Dias já não contava com isso.

 

 

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